"O que vocês verão neste vídeo é um Natal politicamente correto, inclusivo, sem a comemoração do nascimento de ninguém; um simples feriado sem razão de ser. Claro que tudo é temperado pelo inimitável humor de Stanford Nutting, que agora nos apresenta sua família, com realce para seu sobrinho Tommy, que acaba de ser crismado é uma figura!"
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Exaltação da Santa Cruz
![]() |
ELSHEIMER ADAM / Glorification Of The Cross |
A Igreja universal celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz. É uma festa que se liga à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma foi construída sobre o Monte do Gólgota; por isso, se chama Basílica do Martyrium ou Ad Crucem. A outra foi construída no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado pelos discípulos e foi ressuscitado pelo poder de Deus; por isto é chamada Basílica Anástasis, ou seja, Basílica da Ressurreição.
A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Segundo contam, o imperador levou a Santa Cruz às costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao Patriarca Zacarias, no dia 3 de Maio de 630. A partir daí a Festa da Exaltação da Santa Cruz passou a ser celebrada no Ocidente. Tal festividade lembra aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo poder de Deus.
Fonte: Evangelho Cotidiano
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
«Se alguém quiser vir Comigo [...] tome a sua cruz e siga-Me»
São Boaventura (1221-1274), franciscano, Doutor da Igreja comentou em sua
Vida de S. Francisco, Legenda Major, cap. 13 sobre esta passagem do Evangelho (São Mateus 16,24-28):
Vida de S. Francisco, Legenda Major, cap. 13 sobre esta passagem do Evangelho (São Mateus 16,24-28):
Naquele tempo, Jesus disse, então, aos discípulos: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la.
Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que poderá dar o homem em troca da sua vida?
Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme o seu procedimento.
Em verdade vos digo: alguns dos que estão aqui presentes não hão-de experimentar a morte, antes de terem visto chegar o Filho do Homem com o seu Reino.»
Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la.
Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que poderá dar o homem em troca da sua vida?
Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme o seu procedimento.
Em verdade vos digo: alguns dos que estão aqui presentes não hão-de experimentar a morte, antes de terem visto chegar o Filho do Homem com o seu Reino.»
"Dois anos antes da sua morte, Francisco percebeu que depois de ter imitado a Cristo durante a vida, devia agora também imitá-Lo na Sua Paixão. Isto em nada o assustou, tanto mais que, transportado para Deus pelos desejos dum arrebatamento absolutamente seráfico e transformado pela compaixão n'Aquele que, «pelo amor imenso» (Ef 2,4), quis ser crucificado, enquanto rezava numa certa manhã na encosta da serra que se chama Monte Alverne, por alturas da Festa da Exaltação da Santa Cruz, viu descer do céu um serafim com seis asas resplandecentes como lume. De uma assentada chegou perto do homem de Deus, e uma pessoa apareceu então por entre as suas asas: era alguém crucificado, com os braços e as pernas estendidos e pregados a uma cruz.
Esta visão mergulhou Francisco no mais profundo assombro, uma vez que no seu coração se misturavam a tristeza e a alegria. Rejubilava com o olhar benevolente com o qual se viu estimado por Cristo na figura dum serafim, mas aquela crucifixão trespassava a sua alma de dor e de compaixão como uma espada (Lc 2,35). Desse modo, essa visão maravilhosa mergulhou-o na mais alta perplexidade, até porque sabia que um ser imortal como um serafim não podia de maneira alguma suportar os sofrimentos da Paixão. Por fim, graças à luz do Céu, compreendeu por que razão a divina Providência lhe enviara uma visão assim: não era pelos martírios do corpo que devia transformar-se na figura de Cristo crucificado, mas através do amor que incendeia a alma."
Esta visão mergulhou Francisco no mais profundo assombro, uma vez que no seu coração se misturavam a tristeza e a alegria. Rejubilava com o olhar benevolente com o qual se viu estimado por Cristo na figura dum serafim, mas aquela crucifixão trespassava a sua alma de dor e de compaixão como uma espada (Lc 2,35). Desse modo, essa visão maravilhosa mergulhou-o na mais alta perplexidade, até porque sabia que um ser imortal como um serafim não podia de maneira alguma suportar os sofrimentos da Paixão. Por fim, graças à luz do Céu, compreendeu por que razão a divina Providência lhe enviara uma visão assim: não era pelos martírios do corpo que devia transformar-se na figura de Cristo crucificado, mas através do amor que incendeia a alma."
Fonte: Evangelho Cotidiano
terça-feira, 26 de julho de 2011
Santo Agostinho
"Deixai que se irritem contra vós aqueles que não sabem com que trabalho se chega à verdade e se evita o erro."
quarta-feira, 20 de julho de 2011
"A filosofia tomista está mais próxima da mente do homem comum do que a maioria das filosofias"
É o que diz G K Chesterton.
"A filosofia de Santo Tomás fundamenta-se na convicção comum universal de que ovos são ovos. O hegeliano pode dizer que um ovo é na verdade uma galinha, porque é parte de um processo interminável de vir-a-ser; o seguidor de Berkeley pode sustentar que os ovos poché só existem tal como existe um sonho, visto que é tão fácil considerar o sonho como a causa dos ovos quanto os ovos como a causa do sonho; o pragmatista pode acreditar que obtemos o melhor de nossos ovos mexidos esquecendo que eles um dia foram ovos e lembrando apenas do mexido. Mas nenhum discípulo de São Tomás precisa confundir o cérebro para mexer adequadamente os ovos; não precisa colocar a cabeça em nenhum ângulo estranho para olhar os ovos, olhar para eles com os olhos meio fechados ou ficar piscando um dos olhos para ver uma nova simplificação dos ovos. O tomista toma posição em plena luz do dia no meio da fraternidade dos homens, participa de sua consciência comum de que os ovos não são galinhas nem sonhos nem meros pressupostos práticos, mas coisas confirmadas pela autoridade dos sentidos, que vem de Deus."
Fonte: São Francisco de Assis e São Tomás de Aquino, Editora Ediouro. 3ª Edição - 2003 - Pág. 326.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Hilaire Belloc
"Quanto mais o Estado se intromete para assegurar condições de segurança e suficiência, quanto mais regula os salários, fornece seguros compulsórios, cuidados médicos, educação e, em geral, se apodera das vidas dos assalariados, para o benefício das companhias e dos homens que empregam os assalariados, mais se acentua essa condição de semi-escravidão. E, se isso continuar durante, digamos, três gerações, ficará tão completamente estabelecido como um hábito social e quadro mental, que pode não haver escapatória dele nos países em que o socialismo de Estado desse tipo tenha sido forjado e gravado no corpo político."
terça-feira, 28 de junho de 2011
A Igreja não é refúgio de carolas
Por Rafael Vitola Brodbeck
Retiro a expressão que dá título a este artigo do equivalente assinado pelo senador Gilberto Amado, sob o título “O Brasil e a renascença católica”, publicado em 1930. Na ocasião, o ilustre político, que já exaltara as qualidades intelectuais de outros católicos, como o leigo Carlos de Laet e o Cardeal Arcoverde, punha-se a tecer a elegia de Alceu de Amoroso Lima, o “Tristão de Ataíde”.
De fato, ao contrário do que propugnam os anticlericais – tomada a palavra em sua pior acepção –, nunca se opôs a Igreja ao fomento da cultura, da ciência e das artes. Não são seus templos redutos exclusivos de beatas, senhoras piedosas, e homens iletrados. É católica a Igreja, i.e., universal, acolhendo todas as almas, das mais variadas colorações sociais, étnicas e circunstanciais.
Desde seu surgimento, justificou, como pedira o apóstolo São Pedro, as razões de sua esperança. Explicou-se aos romanos perseguidores, desfez os equívocos da heresia – “a verdade que enlouqueceu”, no dizer de Chesterton –, alcançou os simples e os poetas, os analfabetos e os filósofos. Deu-nos gigantes da têmpera de um Jerônimo, de um Irineu, de um Crisóstomo, de um Atanásio e de um Agostinho. Forjou, em Santo Tomás de Aquino, o diálogo perfeito entre as letras clássicas, sobretudo de Aristóteles, e o Evangelho. E legou-nos, dos escombros do Império dilacerado pelos bárbaros – que ela converterá depois, começando pelos francos de Clóvis e Clotilde –, a civilização que não se envergonhou de chamar-se "Cristandade".
Quando se dá conta dessa verdade, o laicista enfurece. Nem todos os Richard Dawkins juntos poderão negar a evidência de que a Igreja de Cristo não só não se opôs ao desenvolvimento humano, científico e literário, como o incentivou positivamente. Mais do que isso: o pensamento cristão é, como direi, uma causa do método científico. Ao conceber um Deus Criador que rege o mundo por leis imutáveis dispostas em sua sabedoria, e não pelo mito ou pelo acaso, põe-se o pensador impregnado de cristianismo a perscrutar essas leis. Daí a física, a biologia, a química, vindas, é claro, do legado helênico - não por acaso, o menos mitológico e o mais próximo, entre os filósofos, da idéia cristã de divindade -, porém elevadas a um patamar talvez impossível sem a fé. O Deus cristão assume a natureza humana, encarna-se, e suas leis passam a ser objeto de estudo. A própria moralidade do bem supremo que é Deus converte-se em paradigma de um novo Direito, que mescla a cientificidade do latino com a humanidade evangélica.
O incremento das modernas técnicas agronômicas cooube aos monges beneditinos e cistercienses, que transformaram lodos e pântanos em locais de pastagem e agricultura, criando mosteiros sustentáveis. As noções de liberdade e moral em economia são fruto dos neoescolásticos de Salamanca. E o Direito Internacional é cria de padres católicos: Francisco Suárez, Francisco de Vitória, Bartolomeu de las Casas.
Contra isso, o laicista se levanta. Pode tolerar a senhora, com seu véu negro, desfiando as contas de seu rosário na igreja à meia-luz. Rasga suas vestes de pavor, entretanto, ao deparar-se com o já citado Chesterton, ou a descobrir que Pascal era cristão - embora jansenista. Quando percebe que Pasteur era católico e devoto, sua ira se intensifica. É-lhe impossível reconhecer, sem rubor ou violência, a profunda fé de inúmeros responsáveis pelo incremento da ciência - além dos referidos Pascal e Pasteur, Mendel, Copérnico, Jerôme Lejeune, descobridor da origem genética da Síndrome de Down e que está em processo de beatificação, Georges Lemâitre, padre que propôs o que viria a ser a Teoria do Big Bang (provando que ciência e relato bíblico não são excludentes), Pierre Pérignon (sim, o inventor do espumante era monge), Landell de Moura, padre gaúcho que inventou o rádio. Descobrindo o catolicismo de intelectuais do calibre do historiador Christopher Dawson, do escritor J.R.R. Tolkien, autor da monumental saga de "O Senhor dos Anéis", do economista Thomas Woods, do arquiteto Gaudí (que logo será beatificado), da medievalista francesa Régine Pernoud, ou dos grandes pensadores convertidos Cardeal Newman, Marcel de Corte, Dietrich von Hildebrand, Hilaire Belloc, Paul Claudel, Jacques e Raíssa Maritain, Santa Edith Stein, ou um cineasta de sucesso como Mel Gibson, não pode o inimigo da religião ficar impune em seu erro.
O Brasil não foge a tão robusta tradição. Herdou de Camões, o pai da última flor do lácio, que insculpiu em seus Lusíadas, a mais varonil fé católica e uma impactante devoção à Cruz e ao Cristo, a formação cristã de seus intelectuais. Daí que nos honremos da fibra de Dom Vital, mártir branco no regime do padroado, a pena polêmica e sagaz de Laet, Arcoverde, Eduardo Prado, Joaquim Nabuco (o patriarca da abolição), Felício dos Santos, João Gualberto (que refutou magristralmente as tresloucadas teses criminológicas lombrosianas), Júlio Maria, Dom Macedo Costa. Daí o orgulho por Jackson de Figueiredo, por Amoroso Lima, por Leonel Franca, pelo gênio Gustavo Corção, por Maurílio Teixeira-Leite Penido, o grande comentador de Pio XII. Daí a figura ímpar, ainda que por muitos incompreendida, de Plínio Corrêa de Oliveira. Daí a liderança do Cardeal Leme.
Leigos e padres não se furtaram a dar sua contribuição à humanidade. Espiritual e temporal. Tal qual o homem, que não é alma penada, tampouco um cadáver ambulante.
Rafael Vitola Brodbeck, casado e pai de família, é Delegado de Polícia no Rio Grande do Sul, e coordena o Salvem a Liturgia, sendo responsável nesse site pelos textos sobre erros litúrgicos, incentivo ao latim, e comentários sobre rubricas e normas. É membro da Sociedade Internacional Santo Tomás de Aquino (SITA/Roma), e da Academia Marial de Aparecida. Desde 1998, é incorporado ao Regnum Christi. Ministra palestras sobre temas litúrgicos e doutrinários
Retiro a expressão que dá título a este artigo do equivalente assinado pelo senador Gilberto Amado, sob o título “O Brasil e a renascença católica”, publicado em 1930. Na ocasião, o ilustre político, que já exaltara as qualidades intelectuais de outros católicos, como o leigo Carlos de Laet e o Cardeal Arcoverde, punha-se a tecer a elegia de Alceu de Amoroso Lima, o “Tristão de Ataíde”.
De fato, ao contrário do que propugnam os anticlericais – tomada a palavra em sua pior acepção –, nunca se opôs a Igreja ao fomento da cultura, da ciência e das artes. Não são seus templos redutos exclusivos de beatas, senhoras piedosas, e homens iletrados. É católica a Igreja, i.e., universal, acolhendo todas as almas, das mais variadas colorações sociais, étnicas e circunstanciais.
Desde seu surgimento, justificou, como pedira o apóstolo São Pedro, as razões de sua esperança. Explicou-se aos romanos perseguidores, desfez os equívocos da heresia – “a verdade que enlouqueceu”, no dizer de Chesterton –, alcançou os simples e os poetas, os analfabetos e os filósofos. Deu-nos gigantes da têmpera de um Jerônimo, de um Irineu, de um Crisóstomo, de um Atanásio e de um Agostinho. Forjou, em Santo Tomás de Aquino, o diálogo perfeito entre as letras clássicas, sobretudo de Aristóteles, e o Evangelho. E legou-nos, dos escombros do Império dilacerado pelos bárbaros – que ela converterá depois, começando pelos francos de Clóvis e Clotilde –, a civilização que não se envergonhou de chamar-se "Cristandade".
Quando se dá conta dessa verdade, o laicista enfurece. Nem todos os Richard Dawkins juntos poderão negar a evidência de que a Igreja de Cristo não só não se opôs ao desenvolvimento humano, científico e literário, como o incentivou positivamente. Mais do que isso: o pensamento cristão é, como direi, uma causa do método científico. Ao conceber um Deus Criador que rege o mundo por leis imutáveis dispostas em sua sabedoria, e não pelo mito ou pelo acaso, põe-se o pensador impregnado de cristianismo a perscrutar essas leis. Daí a física, a biologia, a química, vindas, é claro, do legado helênico - não por acaso, o menos mitológico e o mais próximo, entre os filósofos, da idéia cristã de divindade -, porém elevadas a um patamar talvez impossível sem a fé. O Deus cristão assume a natureza humana, encarna-se, e suas leis passam a ser objeto de estudo. A própria moralidade do bem supremo que é Deus converte-se em paradigma de um novo Direito, que mescla a cientificidade do latino com a humanidade evangélica.
O incremento das modernas técnicas agronômicas cooube aos monges beneditinos e cistercienses, que transformaram lodos e pântanos em locais de pastagem e agricultura, criando mosteiros sustentáveis. As noções de liberdade e moral em economia são fruto dos neoescolásticos de Salamanca. E o Direito Internacional é cria de padres católicos: Francisco Suárez, Francisco de Vitória, Bartolomeu de las Casas.
Contra isso, o laicista se levanta. Pode tolerar a senhora, com seu véu negro, desfiando as contas de seu rosário na igreja à meia-luz. Rasga suas vestes de pavor, entretanto, ao deparar-se com o já citado Chesterton, ou a descobrir que Pascal era cristão - embora jansenista. Quando percebe que Pasteur era católico e devoto, sua ira se intensifica. É-lhe impossível reconhecer, sem rubor ou violência, a profunda fé de inúmeros responsáveis pelo incremento da ciência - além dos referidos Pascal e Pasteur, Mendel, Copérnico, Jerôme Lejeune, descobridor da origem genética da Síndrome de Down e que está em processo de beatificação, Georges Lemâitre, padre que propôs o que viria a ser a Teoria do Big Bang (provando que ciência e relato bíblico não são excludentes), Pierre Pérignon (sim, o inventor do espumante era monge), Landell de Moura, padre gaúcho que inventou o rádio. Descobrindo o catolicismo de intelectuais do calibre do historiador Christopher Dawson, do escritor J.R.R. Tolkien, autor da monumental saga de "O Senhor dos Anéis", do economista Thomas Woods, do arquiteto Gaudí (que logo será beatificado), da medievalista francesa Régine Pernoud, ou dos grandes pensadores convertidos Cardeal Newman, Marcel de Corte, Dietrich von Hildebrand, Hilaire Belloc, Paul Claudel, Jacques e Raíssa Maritain, Santa Edith Stein, ou um cineasta de sucesso como Mel Gibson, não pode o inimigo da religião ficar impune em seu erro.
O Brasil não foge a tão robusta tradição. Herdou de Camões, o pai da última flor do lácio, que insculpiu em seus Lusíadas, a mais varonil fé católica e uma impactante devoção à Cruz e ao Cristo, a formação cristã de seus intelectuais. Daí que nos honremos da fibra de Dom Vital, mártir branco no regime do padroado, a pena polêmica e sagaz de Laet, Arcoverde, Eduardo Prado, Joaquim Nabuco (o patriarca da abolição), Felício dos Santos, João Gualberto (que refutou magristralmente as tresloucadas teses criminológicas lombrosianas), Júlio Maria, Dom Macedo Costa. Daí o orgulho por Jackson de Figueiredo, por Amoroso Lima, por Leonel Franca, pelo gênio Gustavo Corção, por Maurílio Teixeira-Leite Penido, o grande comentador de Pio XII. Daí a figura ímpar, ainda que por muitos incompreendida, de Plínio Corrêa de Oliveira. Daí a liderança do Cardeal Leme.
Leigos e padres não se furtaram a dar sua contribuição à humanidade. Espiritual e temporal. Tal qual o homem, que não é alma penada, tampouco um cadáver ambulante.
Rafael Vitola Brodbeck, casado e pai de família, é Delegado de Polícia no Rio Grande do Sul, e coordena o Salvem a Liturgia, sendo responsável nesse site pelos textos sobre erros litúrgicos, incentivo ao latim, e comentários sobre rubricas e normas. É membro da Sociedade Internacional Santo Tomás de Aquino (SITA/Roma), e da Academia Marial de Aparecida. Desde 1998, é incorporado ao Regnum Christi. Ministra palestras sobre temas litúrgicos e doutrinários
terça-feira, 21 de junho de 2011
«Apertado é o caminho que conduz à vida»
Evangelho segundo S. Mateus 7,6.12-14.
«Apertado é o caminho que conduz à vida»
«Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos porcos, para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos despedacem.»
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque isto é a Lei e os Profetas.»
«Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele.
Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e como são poucos os que o encontram!»
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque isto é a Lei e os Profetas.»
«Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele.
Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e como são poucos os que o encontram!»
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Homilias sobre o Êxodo, nº 5, 3; SC 321
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Homilias sobre o Êxodo, nº 5, 3; SC 321
Vejamos o que Deus disse a Moisés, que ordem lhe deu sobre o caminho a escolher [...]. Pensavas talvez que o caminho que Deus mostra é um caminho fácil, que não tem absolutamente nada de difícil ou de penoso; pelo contrário, trata-se de uma subida, e bem tortuosa. Porque esse caminho por onde chegamos às virtudes não é um caminho a descer, mas a subir, e é uma subida íngreme e difícil. Escuta ainda o Senhor no Evangelho: «Quão apertado é o caminho que conduz à vida!» Vês, portanto, como o Evangelho está em harmonia com a Lei. [...] Na verdade, até os cegos conseguem vê-lo claramente: um só Espírito escreveu a Lei e o Evangelho.
O caminho por onde vamos é portanto uma tortuosa subida [...]; os actos e a fé comportam muitas dificuldades, muitas tribulações. Pois são imensas as tentações e os obstáculos que se opõem àqueles que querem agir segundo Deus. Depois, na fé, encontramos muitas coisas tortuosas, muitos pontos de discussão, muitas objecções heréticas. [...] Escuta o que disse o Faraó ao ver o caminho que Moisés e os israelitas tinham tomado: «Andam perdidos na terra.» (Ex 14,3). Para o Faraó, aqueles que seguem a Deus perdem-se. É que, como dissemos, o caminho da sabedoria é tortuoso, com muitas curvas, muitos desvios. Assim, confessar que há um Deus único, e afirmar na mesma confissão que o Pai, o Filho e o Santo Espírito são um só Deus, quão tortuoso, quão difícil e inextricável parecerá aos infiéis! Acrescentar ainda que «o Senhor da glória» foi crucificado (1 Cor 2,8), e que Ele é o Filho do homem «que desceu do Céu» (Jo 3,13), quão tortuoso e difícil parecerá, também! Quem sem fé isto ouve, dirá: «Andam perdidos na terra». Mas tu, sê firme, não ponhas em dúvida uma tal fé, sabendo que Deus te mostra esse caminho da fé.
Fonte: Evangelho Cotidiano
Assinar:
Postagens (Atom)