segunda-feira, 30 de abril de 2007

SOFISMA OU IGNORÂNCIA?



Conversando com alguns acadêmicos, senti na pele o que já tinha lido no orkut e em sítios na internet.

Uma professora universitária (que possui mestrado), admiradora da alta tecnologia de nossos tempos (internet, gps, aulas em “power point”, celulares avançados, etc.) disse que a Idade Média foi um atraso no desenvolvimento humano. Sendo o clero seu principal culpado. Sem contestar, outros graduados concordaram. Havia no grupo 3 professores de História.

A conversa continuou tomando novos rumos. Minha cabeça continuava na “idade das trevas”. Não me contive e pedi para voltarmos no assunto anterior. Coloquei o fato das Universidades terem surgido exatamente na Idade Média. As grandes obras arquitetônicas – Catedrais e castelos – surgiram em que época de nossa história? O maior cérebro que a humanidade já conheceu, Tomás de Aquino, viveu em que época? Dante escreveu quando sua Divina Comédia? Gondoleiros (gente humilde) declamavam versos desta obra. E hoje, estudantes universitários conseguem entender Dante? Ninguém sabia que por decreto conciliar, todas as paróquias medievais eram obrigadas a manterem uma escola. Para crianças nobres e crianças campesinas. Todos tinham direito à universidade. Os ricos pagavam, os pobres não. Hoje, em nossa idade da “luz”, é assim? E os monges copistas que nos legaram os clássicos greco-romanos?

Ao citar São João da Cruz, como exemplo de pobre e órfão de pai que foi reconhecido como Doutor da Igreja, por suas admiráveis obras literárias, uma professora (catequista há anos), com três pós-graduação, retrucou dizendo que o santo tinha “padrinho”. Grande equívoco. Ao contrário, o coitado chegou a ficar preso no calabouço por perseguição de um abade que o invejava.

Incrível como professores (intelectuais) são facilmente influenciados por livros marxistas e anticlericais (digo porque a Idade Média foi predominantemente religiosa – católica). Basta uma busca na internet para encontrarmos farta documentação que prova o contrário. E olha que a professora com mestrado, amante da tecnologia, disse uma grande mentira e os demais professores consentiram. Será que pelo fato de uma pessoa possuir um título inibe os que ainda não têem? Fica a questão: sofisma ou ignorância? Prefiro acreditar na segunda. Mas como emitir opinião como se fosse verdade, se desconheço os fatos? E os grandes debates filosóficos entre professores universitários que moviam centenas de estudantes?

Como disse a grande medievalista e historiadora francesa Régine Pernoud: para estudar a Idade Média, devemos esquecer os livros (principalmente os didáticos) e abrir os documentos da época (juridicos, eclesiásticos, públicos, particulares, comerciais, etc.).

Enfim, tenho um bom tema para minha monografia.




domingo, 29 de abril de 2007

Psicologia


O que leva um adolescente a portar-se desta maneira? Analisando psicologicamente tal imagem, gostaria que comentassem sobre os motivos que levariam uma criatura a comportar-se desta forma. Observem que a cama está desarrumada. Estava dormindo? Ainda está? Choro? Vergonha? Brincando de esconde-esconde? Ou teria uma razão mais profunda para esta atitude?

Com a palavra meus amados visitantes.

ELOGIO DO APRENDIZADO - Bertolt Brecht




Aprenda o mais simples! Para aqueles

cuja hora chegou

Nunca é tarde demais!

Aprenda o ABC; não basta, mas

Aprenda! Não desanime!

Comece! É preciso saber tudo!

Você tem que assumir o comando!

Aprenda, homem no asilo!

Aprenda, homem na prisão!

Aprenda, mulher na cozinha!

Aprenda, ancião!

Você tem que assumir o comando!

Frequente a escola, você que não tem casa!

Adquira conhecimento, você que sente frio!

Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.

Você tem que assumir o comando.

Não se envergonhe de perguntar, camarada!

Não se deixe convencer

Veja com seus olhos!

O que não sabe por conta própria

Não sabe.

Verifique a conta

É você quem vai pagar.

Ponha o dedo sobre cada item

Pergunte: O que é isso?

Você tem que assumir o comando.

sábado, 28 de abril de 2007

Orações em latim:


1 -PAI NOSSO:

Pater noster, qui es in caelis Sanctificétur nomen tuum: Advéniat regnum tuum: Fiat
voluntas tua, sicut in caelo, et in terra. Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie: Et
dimítte nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris. Et ne nos
indúcas in tentatiónem: sed libera nos a malo. Amen.


2 - AVE MARIA:

Ave, María, grátia plena: Dóminus tecum: benedícta tu in muliéribus, et benedictus
fructus ventris tui Jesus. Sancta María, Mater Dei, ora pro nobis peccatóribus, nunc et in hora mortis
nostrae. Amen

3 - SALVE, RAINHA:

Salve, Regina, Mater misericordiae, vita, dulcédo et spes nostra, salve. Ad te clamamus,
éxsules fiIii Evae. Ad te suspirámus geméntes et flentes in hac lacrimárum valle. Eia
ergo, advocáta nostra, illos tuos misericórdes óculos ad nos convérte. Et Jesum
benedíctum fructun Ventris tui, nobis, post hoc exsílium, osténde. O clemens, o pia, o
dulcis Virgo María!

4 - CREDO:

Credo in Deum, Patrem omnipoténtem, Creatórem caeli et terrae. Et in Jesum
Christum, Filium eius únicum, Dóminùm nostrum: qui concéptus est de Spíritu Sancto,
natus ex María Virgine, passus sub Pontio Piláto, crucifíxus, mórtuus, et sepúltus:
descéndit ad ínferos; tértia die resurréxit a mórtuis; ascéndit ad caelos; sedet ad
déxteram Dei Patris omnipoténtis: : inde ventúrus est judicare vivos et mórtuos. Credo
in Spiritum Sanctum, sanctam Ecelésiam cathólicam, Sanctórum communionem,
remissiónem peccatórum carnis resurrectiónem, vitam aetérnam. Amen.

Dialeto e Regionalismo




Tenho observado nos últimos anos, o triste abandono de nosso sotaque mineiro, arrastado e caipira, por parte dos intelectuais ou não, de nossa região. Aqueles que deveriam preservar nossa cultura, tentam – e estão conseguindo - matar nosso dialeto regional. É absurdo o número de oradores (professores, agentes de pastorais, locutores de rádios, apresentadores de eventos, etc.) que usam o sotaque carioca e belo-horizontino em suas falas. Não deveriam envergonhar-se da pronúncia de sua região. Ao contrário, deveriam orgulhar-se de terem um diferencial marcante. Assim como nossos compatriotas de outras regiões fazem questão de mostrar sua origem: paulistas, pernambucanos, cearenses, gaúchos, fluminenses, etc. Só o sul-mineiro tem vergonha de expor sua progênie.

Conversando com uma sobrinha, indignei-me ao saber que uma professora a repreendeu por falar “porta” caipiramente, ou seja, arrastando o R como usamos naturalmente em nossa região, desde o nascimento. Talvez esta professora tenha nascido em outro estado e está querendo puxar a sardinha para o seu lado. Só que ela não pode humilhar seus alunos por terem uma pronúncia diferente da sua. Afinal seus alunos nasceram no sul de Minas e é assim sua expressão desde que aprenderam a falar.