sábado, 29 de dezembro de 2007

Assim na Terra como no Céu


Por Affonso Romano de Sant'Anna(1)


Estado de Minas, segunda-feira, 29 de maio de 2006

Você pode virar pastor e fundar sua própria igreja como rentável negócio terrestre e celeste em apenas 90 dias. Está lá no anúncio da Assembléia de Deus: "Formação de pastor a R$ 600, mestre em Bíblia a R$ 1.300 e doutor em divindade R$ 1.500. Faça o curso por correspondência e tenha a sua própria igreja! Em 90 dias, receba o diploma e a carteirinha em casa".

Leio uma reportagem no Jornal do Brasil que diz que esse é um próspero investimento. As igrejas assim fundadas movimentam R$ 3 bilhões por ano e geram 2 milhões de empregos. É o negócio da fé daqueles que acreditam com fé neste negócio. Não é à toa que isto já está mobilizando 30 milhões de fiéis. Eu diria, "sócios" em vez de fiéis.

Como alguns leitores sabem, este cronista que vos aborrece teve uma formação protestante e, portanto, tem um certo conhecimento do que está falando. Estava até predestinado a ser pastor. Mas naquele tempo, as igrejas protestantes (que não se confundem com essas "seitas evangélicas" de hoje) eram uma meia dúzia só. E não havia pastor rico. E a preparação de um pastor era algo mais sério. Começava como "aspirante ao ministério" na adolescência. Depois enfrentava mais seis anos de Faculdade de Teologia, na qual se estudava até grego.

Agora acabo de saber que existe o "kit pastor". Você vira pastor pela internet, conforme modelo propalado pela Igreja Universal, que para isto tem apostilas e CDs.

Quão distante estamos do tempo dos profetas bíblicos em que Samuel ouvia a voz que o chamava vocacionalmente, quando Moisés ouvia o Senhor na sarça ardente e quando São João Batista, ouvindo também o chamado celeste, ia viver no deserto comendo gafanhoto e mel silvestre.

É aterrorizante o que leio sobre o "kit pastor": "O curso tem cinco módulos. No primeiro, o aluno tem aulas de história da religião. Depois recebe noções de administração para aplicar na igreja. Em seguida, os pastores aprendizes têm aulas de oratória e aprendem técnicas de persuasão. A última parte do curso é jurídica".

Em muitos desses programas de televisão, que se pretendem religiosos, percebe-se claramente que houve uma inversão no discurso: os pastores estão prometendo a felicidade aqui na Terra, não mais lá no Céu. É um detalhe importantíssimo. É como se esse papo de eternidade tivesse perdido seu charme. Então, prometem que quem mais colabora dando dinheiro, mais rico vai ficar aqui mesmo. É um discurso mais eficaz. Porque deixar para depois, para o improvável? Vamos tentar agora. Acho que o Procon deveria cuidar deste problema, já que cuida dos direitos do consumidor diante de propaganda e produtos enganosos.

E nisto tudo há ainda outro detalhe econômico. Como abrir uma igreja implica isenção de tributos e como há sempre pessoas ingênuas e carentes, o negócio é dos melhores. Um grande negócio. Assim na Terra como no Céu. Amém.

(1)AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA - 69 anos, mineiro de Belo Horizonte, poeta, cronista, conferencista e escritor, diplomado pela Faculdade de Letras de BH, professor de literatura brasileira na Universidade da Califórnia (EUA) e Colônia (Alemanha)

Fonte: Editora Cléofas

sábado, 9 de junho de 2007


Sexta-feira, por volta das 17 horas, parei o carro em frente a casa de minha sogra. Rotineiramente. A Helen desceu. Vi o Pe. Vicente estacionando seu carro logo mais à frente. Haverá missa na Igreja das Dores, pensei. Desci do carro e ao invés de entrar na casa da sogra, caminhei para a Igreja.

A pequena igreja, construida em 1799, estava quase vazia. No máximo umas 20 pessoas. Pensei com meus botões: bem que o padre poderia nos oferecer a Santíssima Eucaristia sob as duas espécies. Pensamento rápido, sem maiores pretenções. Em seguida já estava compenetrado na Santa Missa.

E não é que na hora de recebermos a Comunhão, o Pe. Vicente nos convida a receber a Hóstia Santa embebida no Sangue?

Sei que quando recebemos apenas o Pão, alí está transubstanciado o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Jesus, Nosso Deus e Senhor. Mas quando recebo sob as duas espécies, sempre sinto uma sensação diferente. Quero sentir aquele sabor por muito tempo em minha boca. Só que é muito rápido. Mas é maravilhoso.

Comunguei e fiquei de joelhos em meu lugar. Só que não conseguia e não mais queria me levantar. Sentia-me tão bem, que queria prolongar infinitamente aquele momento. O padre aspergiu agua benta em todos, deu a benção final, a cantora terminou o cantico final, as pessoas deixando a igreja e eu ali. Não conseguia me mover. Como sentia-me bem na presença de Deus. Como é bom receber o Sacramento do Amor.

Quando sai da igreja, não sabia para onde deveria (ou queria) me dirigir.
Creio que recebi uma "gota" do que nossos irmãos que estão na Visão Beatífica recebem infinitamente.

Graças e louvores se dêem a todo momento. Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.

domingo, 3 de junho de 2007

Missa da Santíssima Trindade



Todos conhecem a célebre passagem de Santo Agostinho de Hipona, doutor da Igreja, teólogo patrístico:
mais fácil seria meter o mar num dedal
do que entender racionalmente o mistério da Santíssima Trindade


E "maravilhosamente", inspiradamente, as nossas catequistas na missa com crianças, conseguiram explicar-nos como funciona a Trindade! É muito fácil: Deus é a água ( dentro de uma jarra de suco), Jesus é açúcar (cristal!) e o Espírito Santo é o suco de uva. Misturamos os três e pronto: Eis aí a Santíssima Tindade! Simples assim.

Meus Deus! Como Agostinho era burro! Não conseguiu perceber algo tão óbvio.

E mais: para que seguir o Missal? Isso é retrógrado. É voltar para antes do Vaticano II. Onde as teias de aranha imperavam em nossa Igreja. Para que ouvir a homilia? Nosso grupo de leigos o fazem tão bem. Viu como é fácil entender a Santíssima Trindade? Sem essa de que leigo não deve fazer a homilia. Seguir o Missal para que? Isso é passado.

Cantemos a musiqueta trideísta - "Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo (viram? 3 deuses) e hereticamente louvemos a Santíssima Trindade.

Catequisemos erroneamente nossas crianças em nome de missas (Sacrifício de Jesus) com igreja cheia e alegre. Depois não sabemos por que tantos católicos abandonam a Igreja e vão para as seitas. Católico ignorante torna-se protestante.


Aliás, a Missa não é catequese. Missa é a celebração da Paixão de Jesus. Por que desvirtuá-la? Por que não seguir o Missal? Por que não ouvem os apelos de Bento XVI?

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Latim

Papa João Paulo II em sua belíssima Encíclia Ecclesia de Eucharistia, § 9: "Como não admirar as exposições doutrinais dos decretos sobre a Santíssima Eucaristia e sobre o Santo Sacrifício da Missa promulgados pelo Concílio de Trento? Aquelas páginas guiaram a teologia e a catequese nos séculos sucessivos, permanecendo ainda como ponto de referência dogmático para a incessante renovação e crescimento do povo de Deus na sua fé e amor à Eucaristia".

"Se alguém disser que o rito da Igreja Romana (...) só se deve celebrar a Missa em língua corrente [vernácula](...), seja excomungado" (Concílio de Trento, Cânones sobre o Santíssimo Sacrifício da Missa, cânon 9).

"Providencie-se que os fiéis possam juntamente rezar ou cantar em Língua Latina as partes do Ordinário que lhes competem." (Concílio Ecumênico Vaticano II, Constituição Sacrosanctum Concilium, nº 54)

"Deve conservar-se o uso do latim nos ritos latinos, salvo o direito particular." (Concílio Ecumênico Vaticano II, Constituição Sacrosanctum Concilium, nº 36, § 1)

"Que o antigo uso da Língua Latina seja mantido, e onde houver caído quase em abandono, seja absolutamente restabelecido. – Ninguém por afã de novidade escreva contra o uso da Língua Latina nos sagrados ritos da Liturgia." (Papa João XXIII, Encíclica Veterum Sapientia).

"O uso da Língua Latina é um claro e nobre indício de unidade e um eficaz antídoto contra todas as corruptelas da pura doutrina." (Papa Pio XII, Encíclica Mediator Dei, nº 53)

"A Língua Latina é a língua própria da Igreja Romana" (Papa São Pio X, Encíclica Inter Pastoralis Officii).

Fonte: Blog Pensamentos Católicos

Ópio dos intelectuais.

“A religião é o ópio do povo.” (Karl Marx)

“O marxismo é o ópio dos intelectuais.” (Raymond Aron)

terça-feira, 22 de maio de 2007

A MÃE DE DEUS



Proclamar que a Virgem é Mãe de Deus é asseverar que realmente em Jesus há uma só pessoa divina, a segunda da Santíssima Trindade que, no ventre de Maria, assumiu realmente a nossa natureza humana. Este título foi confirmado oficialmente pelo Concílio de Éfeso, em 431, que combateu a heresia de Nestório. Este afirmava que Nossa Senhora seria somente Mãe do homem Jesus, como se no nosso Salvador houvesse duas pessoas, uma humana e outra divina! Mas, não! Em Jesus há um só eu, uma só pessoa, um só sujeito: o Filho eterno do eterno Pai. Ele, sendo de natureza divina, assumiu também a natureza humana, de modo que no ventre da Virgem, Deus-Filho humanizou-se realmente, assumindo o que é humano para salvar o humano!

A Virgem Santíssima é verdadeiramente Mãe de Deus-Filho feito homem. São João afirma que aquele que não confessa que Jesus, o Filho, veio realmente numa carne humana, é o anticristo (cf. 1Jo 4,3). A Virgem Maria, logicamente, assume o papel de adversária do anticristo, porque, como Mãe de Deus, exprime da maneira mais clara possível a verdade da Encarnação do Filho de Deus!

Com nossos irmãos orientais, cantamos hoje com alegria: "Verdadeiramente é digno bendizer-te, ó Mãe de Deus! Bem-aventurada, imaculada para sempre, Mãe do nosso Deus! Mais venerável que os Querubins e incomparavelmente mais gloriosa que os Serafins! Tu, que conservando tua integridade, deste à luz o Verbo de Deus! Tu és na verdade Mãe de Deus! Nós te glorificamos!"

Esta é a fé verdadeira. Quem dela se afasta, afasta-se da verdade de Cristo, sempre presente na sua Igreja pela garantia do Santo Espírito (cf. Mt 16,18; Jo 14,25s; 16,12-14; 1Tm 3,15).


Fonte: Visão Cristã - Pe. Henrique

domingo, 13 de maio de 2007

Curso ensina pastor a ser empresário da fé


A cartilha dos grandes empresários diz que, para se dar bem nos negócios, é fundamental estar atento às mudanças na sociedade, empregar com eficiência a propaganda, estudar o público-alvo, cuidar bem dos funcionários e vigiar a concorrência. Pois essas regras também valem para os que desejam abrir a própria igreja evangélica, segundo um curso oferecido pelo Seminário Brasileiro de Teologia (SBTe). Uma frase presente na apostila do "Curso de Formação de Pastor" dá o tom do seu conteúdo: "A igreja é uma empresa, e uma empresa difícil de ser conduzida, porque o seu estoque são almas". Partindo da premissa de que os meios de comunicação transformaram a sociedade, o curso convoca os pastores a uma adaptação aos novos tempos: "As igrejas que não seguirem a cultura dos povos tendem a ficar vazias". A advogada e aluna do curso Laudicéia Koschitz, 39, concorda. Não acha errado, por exemplo, que as evangélicas se embelezem. "A mulher é uma obra maravilhosa de Deus e precisa se arrumar." Hoje, diz o curso, o pastor deve ser "empreendedor, criativo, capaz de trabalhar em grupo e de liderar com visão global".

As igrejas pentecostais já parecem ter entendido. Em 2002, segundo pesquisa do Eseb (Estudo Eleitoral Brasileiro), seus seguidores já eram 11,1% do total da população, número quatro vezes maior que em 1980.

Para aproveitar esse crescimento vertiginoso, o curso lista atitudes que devem ser tomadas pelo pastor empreendedor (leia quadro ao lado).

Antes de abrir uma igreja, por exemplo, ele deve estudar a região e o público-alvo. Se o local for pobre, ajudam a atrair gente a distribuição de lanches e o sorteio de cestas básicas.

Na Assembléia de Deus do Jardim do Apurá (zona sul de São Paulo), o fiel que fica até o fim do culto recebe um cachorro-quente.

É importante ainda que o pastor seja "um ator, um dramaturgo" para "acomodar o povo, chamar a sua atenção e fechar a sua boca".

Para ser eficiente, ele é aconselhado a se alimentar bem e a se exercitar com musculação e corrida. Quando tiver de ministrar por tempo muito longo, deve evitar o sexo nos quatro dias anteriores.

Marcelo de Souza, 36, é um aluno que concorda com a importância do preparo físico. Se não jogasse futebol sempre que possível, talvez não conseguisse andar sem parar enquanto prega e nem ficar na ponta dos pés nos momentos mais dramáticos.

Outro fator determinante para o sucesso é pregar conforme a vontade do público. Em geral, diz o curso, pessoas mais pobres tendem a gostar de "ver coisas sobrenaturais" (como sessões de exorcismo), de dançar, cantar e ouvir o pastor falar em línguas estranhas (glossolalia).

Também se deve empregar o maior número possível de fiéis na igreja. "Os que participam e se sentem valorizados não migram para outra igreja, pagam o dízimo todo mês e trazem a família e amigos para vê-los."

Administração eclesiástica

A apostila é dividida em cinco módulos. Os quatro primeiros, com 75 páginas, tratam da legislação sobre a prática religiosa (como obter subvenções do poder público, por exemplo), das diferenças entre as principais correntes evangélicas, da importância do emprego de técnicas de oratória na pregação e de como convencer os fiéis a pagar o dízimo.

O quinto e maior, com 63% do total de páginas, é intitulado "Administração Eclesiástica". Nele, são indicados "projetos para multiplicar a quantidade de membros, templos e de caixa da igreja a cada 90 dias".

O curso pode ser encomendado pela internet (www.cursodepastor.com.br) ou por telefone, custa R$ 450 e deve ser feito por correspondência em prazo estipulado de 90 dias.

Ao seu final, o aspirante a pastor deve enviar por correio à instituição, que tem sede em Ituiutaba (MG), as respostas a um questionário que fica nas últimas páginas da apostila. Se aprovado, ganha um diploma e uma carteirinha que, segundo o SBTe, "pode ser aproveitada em qualquer das diferentes denominações de igrejas evangélicas".


O guru dos pastores

O pastor Omar Silva da Costa, 49, é o criador deste e de outros 17 cursos por correspondência também oferecidos pela internet. Os mais caros, chamados de "Bacharelado em Teologia Eclesiástica", "Mestrado em Bíblia" e "Doutorado em Divindade", custam, respectivamente, R$ 750, R$ 1.050 e R$ 1.350. Todos também têm duração de 90 dias e dão direito a carteirinha e diploma "para enriquecer o currículo".

"Decidi oferecer os cursos assim, por correspondência, porque muita gente não tem condições de pagar escolas caras e passar quatro ou cinco anos estudando até se tornar pastor. Além disso, não há escolas de teologia em todas as cidades brasileiras." Segundo Costa, o curso de formação de pastor, oferecido desde fevereiro deste ano, já foi vendido a mais de 500 pessoas --se o número estiver correto, as vendas já renderam R$ 225 mil, pelo menos. A procura tem sido tão boa que, no curso, ele prevê: "Em pouco tempo vai haver nas faculdades cursos de administração de igreja, como já há de administração hospitalar".



Fonte: Folha Online


quinta-feira, 10 de maio de 2007

Religião salva?

Religião não salva. Quem salva é Cristo, que fundou a Igreja católica como instrumento da sua salvação. O Cristo que salva fala e a age na sua Igreja. É ela quem guarda e transmite a Palavra do Cristo que salva; foi nela que nasceram e foram conservados os livros das Sagradas Escrituras, é nela que recebemos os sacramentos que o Cristo que salva instituiu para a nossa salvação.

Nela somos batizados, nela celebramos e recebemos a Eucaristia, nela somos povo de Deus, nela somos corpo de Cristo e templos do Espírito. Não agrada e não pode agradar o Cristo quem permanece fora dessa Igreja una, santa, católica e apostólica, na qual habita o Espírito Santo.

Esta Igreja, Cristo a entregou a Pedro e aos Apóstolos, cujos sucessores únicos e legítimos são o Bispo de Roma, a quem chamamos Papa, e os Bispos legitima e validamente ordenados, em comunhão com ele. Aqueles que dizem, de modo enganoso e arrogante, que religião não salva, é porque sabem que sua religião é obra humana e não tem autoridade nenhuma! Repito: religião não salva; quem salva é Cristo que fundou a Igreja católica!

Padre Henrique Soares da Costa, da Igreja Arquidiocesana de Maceió.

EUCARISTIA X PROTESTANTES


Os "evangélicos" dizem:
Cristo não está presente na Eucaristía, isso é somente algo simbólico.

O Evangelho ensina:
"Eu sou o pão vivo que desceu do céu: se alguém come deste pão, viverá para sempre; e o pão que lhes darei é minha carne, a qual darei pela vida do mundo." Então os judeus discutiam entre eles, dizendo: " Como pode este dar a sua carne para comer?" Jo 6,51-52

"E Jesus lhes disse: Na verdade, na verdade lhes digo: Se não comes a carne do Filho do homem, e não bebes seu sangue, não terás vida en vós. Aquele que come minha carne e bebe meu sangue, tem vida eterna: e eu o ressucitarei no último dia. Porque minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Aquele que come minha carne e bebe meu sangue, permanece em mim, e eu nele." Jo 6,53-56

"E muitos dos seus discípulos escutando-o, disseram: Dura é está palavra: quem pode ouví-la?" Jo 6,60

"Desde isto, muitos dos seus discípulos voltaram para tras, e já não andavam com Ele". Jo 6,66

"Disse então Jesus aos doze: Querem voltar atrás também? E respondendo-lhe Simão Pedro: Senhor, a quem iremos? Vocé têm palabras de vida eterna." Jo 6,67-68


Fonte: ACI Digital

quinta-feira, 3 de maio de 2007

D. Geraldo Lyrio Rocha é o novo presidente da CNBB


Com 92% dos votos do plenário, foi eleito novo presidente da CNBB, pelos bispos reunidos em Itaici, Dom Geraldo Lyrio Rocha, recém-empossado arcebispo de Mariana (MG).

Dom Geraldo é vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) e foi arcebispo de Vitória da Conquista (BA).

Os bispos do Brasil estão na expectativa agora para a eleição do vice-presidente da CNBB, das comissões episcopais e do representante do Brasil junto ao CELAM. Novos resultados podem sair ainda hoje.

Pela primeira vez na história das assembléias, a votação é com urna eletrônica.

A CNBB reúne-se desde a terça-feira, dia 1º, em Indaiatuba (SP) para a 45ª Assembléia Geral.

As eleições na CNBB têm uma dinâmica muito própria, diferente do que ocorre em outras instâncias e organismos da sociedade civil. A grande motivação é a dimensão de serviço à Igreja e ao povo de Deus, que deve se realizar na perspectiva do Evangelho de Jesus.

Biografia:

Dom Geraldo Lyrio Rocha nasceu no dia 14 de março de 1942, em Fundão (ES). Filiação: Chrysantho de Jesus Rocha e Leovegilda Lyrio Rocha. Foi ordenado sacerdote em 15 de agosto de 1967, em Fundão. Sua nomeação episcopal aconteceu em 14 de março de 1984. Foi ordenado bispo em 31 de maio de 1984, em Vitória (ES).

Estudos:

Estudou Filosofia no Seminário Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte (MG). Teologia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, Itália.Tem mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma; e especialização em Liturgia, pelo Pontifício Ateneo Santo Anselmo em Roma.

Antes do episcopado:

Foi diretor espiritual do Seminário Nossa Senhora da Penha; reitor do Seminário Nossa Senhora da Penha; diretor do Instituto de Pastoral da arquidiocese de Vitória; coordenador de Pastoral da arquidiocese de Vitória; professor de Liturgia e Teologia no Instituto de Filosofia e Teologia de Vitória; professor de Filosofia na Universidade Federal do Espírito Santo; pároco de Itacibá, Praia do Suá, Vila Rubim.

Atividades como bispo:

Bispo auxiliar de Vitória do Espírito Santo (1984-1990); vice-presidente do Regional Leste 2; membro da CEP Regional Leste 2; responsável pelo Setor de Vocações, Seminários e Presbíteros (1985-1987) e Liturgia no Leste 2 (1987-1989); membro do Departamento de Liturgia do CELAM (1987-1991); (1995-1999) membro da CEP - CNBB, responsável pela Liturgia na CNBB (1995-1998 e 1999-2003); delegado à Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a América por eleição da Assembléia da CNBB e confirmado pelo Papa João Paulo II (1997); presidente do Departamento de Liturgia do CELAM (1999-2003); 1º bispo de Colatina, ES (1990-2002); segundo vice-presidente do CELAM (2003-2007); presidente do Regional NE 3 da CNBB (2003-2007); arcebispo de Vitória da Conquista-BA (2002-2007). Foi nomeado pelo papa Bento XVI, no dia 11 de abril, arcebispo de Mariana (MG).

Escritos de sua autoria:

Introdução ao Pensamento Filosófico (co-autoria).

Lema:

"Opus Fac Evangelistae" (Faze a obra de um Evangelista).


Fonte: Canção Nova Notícias
Ilustração: Nilton Fukuda/Agência Estado


Não conheço, mas fiquei sabendo através da comunidade "Católicos" do orkut, que D. Geraldo é contra a Teologia da Libertação. Este câncer da Igreja latino americana.

Também é contrário às "missas-shows", as quais seriam uma grave e séria preocupação.

É um grande liturgista.

Agradou-me bastante esta sua declaração: "
O mundo muçulmano se levantou contra as charges referentes a Maomé. E o mundo católico raramente se levanta contra as charges que se fazem contra Jesus”.

Louvado seja Deus!

A BÍBLIA COMO ÚNICA FONTE DE FÉ?



OBJEÇÃO: Para os protestantes a Bíblia é a única fonte da fé e da revelação divina, enquanto os católicos reconhecem 3 fontes: A bíblia, a tradição apostólica e o magistério da Igreja. Quem tem razão?

RESPOSTA: A própria Bíblia não apresenta nenhum dos livros sagrados, e não afirma em nenhuma parte, ser ela a única fonte da fé e da Palavra de Deus. Pelo contrário, lemos nela que por muitos séculos Deus confiou oralmente a sua Palavra e Aliança a Noé e a Abraão, que pela tradição oral passava do pai para filhos por muitas gerações. ( Gen 4,8s e 15,18s ). Também Moisés recebeu a Palavra e a Aliança de Deus oralmente. E mesmo depois, quando escreveu os primeiros livros da Bíblia, guardados na Arca da Aliança, o ensinamento bíblico foi confiado ao sacerdote Aarão e seus filhos. ( Lev 10,8-11 )

Também Jesus não escreveu e não mandou escrever nenhum livro, mas escolheu, ensinou e autorizou oralmente os Apóstolos, ordenando-lhes: "Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinar todos os povos... ensinando-os a observar tudo o que vos mandei". ( Mt 28,18-20 )

Cumprindo esta ordem, os primeiros cristãos espalharam o Evangelho por tradição oral, em toda a parte, durante os primeiros decênios, como se pode ler nas seguintes cartas de S. Paulo:

( Tt 1,5 ) "Deixei-te em Creta para que regules o que falta e estabeleças presbíteros nas cidades, segundo as prescrições que te dei". ( II Tm 2,1-2 ) "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na fé que está em Jesus Cristo, e o que ouviste de mim diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir a outros".

( I Ts 2,13 ) "Não cessamos dar graças a Deus, porque ao receberdes a Palavra de Deus, que de nós ouviste, vós a recebestes não como palavra humana, e sim ¾ o que realmente é ¾ Como Palavra de Deus".

( II Ts 2,15) "‘Conservai as tradições que aprendestes ou por nossas palavras ou por nossa carta".

Sobre a autoridade de Pedro, reunido com os Apóstolos e presbíteros em Jerusalém ( o Magistério ), temos um claro testemunho em At 15,6-29): "Reuniram-se então os Apóstolos e presbíteros para examinar a questão ( da circuncisão dos pagãos convertidos ). E depois de ter discutido longamente, Pedro ergueu-se e disse: "... Tendo nós sabido que alguns, saindo do meio de nós, sem nenhuma ordem de nossa parte, vos perturbaram com discursos que agitaram as vossas almas, aprouve a nós, depois de nos termos reunido, escolher alguns homens e enviá-los a vós... que vos exporão as mesmas coisas de viva voz. Pareceu bem: ao Espírito Santo e a nós, de não vos impor mais nenhum outro peso..."

Esta autoridade Pedro tinha recebido de Jesus, quando lhe disse, ( Mt 16,18-19). "Eu te digo: tu és Pedro e sobre esta edificarei a minha Igreja.. a ti darei as chaves do Reino dos céus, e o que ligares na terra, ficará ligado nos céus; e o que desligares na terra, ficará desligado nos céus". Em Jo 16,12-13 Jesus acrescentou a promessa: "quando vier o Espírito da verdade, guiar-vos-á por toda a verdade".

Portanto: Logica e cronologicamente, Jesus:

1° -Escolheu, autorizou e enviou os Apóstolos, sob a presidência de Pedro, a evangelizar todos os povos, estabelecendo assim o Magistério da Igreja.

2°- Este ensinamento, oral e pelas cartas, foi transmitido pelos apóstolos, ¾ como Tradição Apostólica, ¾ aos bispos e presbíteros por eles escolhido e consagrados: ( Mt 1,5: II Tim 2,12, I Pd 5,1-2 ) .

3° - Somente depois de mais de 2 séculos, o Papa reunido com os Bispos em Concílio, com sua autoridade infalível, declarou uma parte destes escritos da Tradição, como Cânon de Livros Sagrados, ou Sagrada Escritura, ou Bíblia: reservando-se o direito e a obrigação de vigiar sobre sua autêntica interpretação, de acordo com a Tradição Apostólica.

Daí, quando os Católicos obedecem ao Magistério da Igreja, eles tem absoluta certeza de cumprir a Vontade de Deus; mesmo quando estão exercendo práticas que não estão claramente ensinadas na Bíblia, como por ex.: a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, a devoção do santo Rosário, etc., ¾ ou quando deixam de lado muitas prescrições, que por motivos especiais, circunstanciais, obrigavam o povo de Israel no Antigo Testamento.

Os protestantes, porém , para os quais somente a Bíblia é a única fonte da Palavra de Deus, seriam ainda obrigados a cumprir todas as prescrições do Antigo Testamento, como por ex.:

Não acender fogo ( para cozinhar ) em nenhuma moradia, no sábado ( Ex. 35,3). Não semear diferentes espécies no mesmo campo ( Lev 19,19 ). Não semear e não colher nada, nos campos e na vinha, no ano sabático ( Ex 23,10-11 e Lev 25,3-5 ). Não comer os frutos das árvores durante os primeiros 3 anos ( Lev 19,23-25 ). Não comer sangue, nem carne com sangue ( Lev 17,10-14 e 19,26 ). Não comer coelho, lebre, porco e os demais animais "impuros" ( Lev 11,1-47 ). Punir de morte os blasfemadores, homicidas, adúlteros, homossexuais, os transgressores do sábado, os que tiverem amaldiçoado os pais, ou evocado os espíritos, etc ( Ex 35,1-3 e Lev 20,9-27: 24,10-23 ).

Qual a seita que está observando todas estas e outras prescrições do Antigo Testamento? E com que autoridade podem se desculpar desta não-observância?









Fonte:Universo Católico

terça-feira, 1 de maio de 2007

IEVAN POLKA

Música cantada pelo grupo finlandês Loituma. Popularizada pelo pequeno viciante e hipnotizante video em flash que fica repetindo um trecho específico (curiosamente quer dizer nada. É como se fosse "tralálá"). Com certeza tem quem ainda não tenha visto.

Escolha aqui a versão que mais te agrada, ouça e saia cantarolando essa musiquinha pelo resto da vida!







segunda-feira, 30 de abril de 2007

SOFISMA OU IGNORÂNCIA?



Conversando com alguns acadêmicos, senti na pele o que já tinha lido no orkut e em sítios na internet.

Uma professora universitária (que possui mestrado), admiradora da alta tecnologia de nossos tempos (internet, gps, aulas em “power point”, celulares avançados, etc.) disse que a Idade Média foi um atraso no desenvolvimento humano. Sendo o clero seu principal culpado. Sem contestar, outros graduados concordaram. Havia no grupo 3 professores de História.

A conversa continuou tomando novos rumos. Minha cabeça continuava na “idade das trevas”. Não me contive e pedi para voltarmos no assunto anterior. Coloquei o fato das Universidades terem surgido exatamente na Idade Média. As grandes obras arquitetônicas – Catedrais e castelos – surgiram em que época de nossa história? O maior cérebro que a humanidade já conheceu, Tomás de Aquino, viveu em que época? Dante escreveu quando sua Divina Comédia? Gondoleiros (gente humilde) declamavam versos desta obra. E hoje, estudantes universitários conseguem entender Dante? Ninguém sabia que por decreto conciliar, todas as paróquias medievais eram obrigadas a manterem uma escola. Para crianças nobres e crianças campesinas. Todos tinham direito à universidade. Os ricos pagavam, os pobres não. Hoje, em nossa idade da “luz”, é assim? E os monges copistas que nos legaram os clássicos greco-romanos?

Ao citar São João da Cruz, como exemplo de pobre e órfão de pai que foi reconhecido como Doutor da Igreja, por suas admiráveis obras literárias, uma professora (catequista há anos), com três pós-graduação, retrucou dizendo que o santo tinha “padrinho”. Grande equívoco. Ao contrário, o coitado chegou a ficar preso no calabouço por perseguição de um abade que o invejava.

Incrível como professores (intelectuais) são facilmente influenciados por livros marxistas e anticlericais (digo porque a Idade Média foi predominantemente religiosa – católica). Basta uma busca na internet para encontrarmos farta documentação que prova o contrário. E olha que a professora com mestrado, amante da tecnologia, disse uma grande mentira e os demais professores consentiram. Será que pelo fato de uma pessoa possuir um título inibe os que ainda não têem? Fica a questão: sofisma ou ignorância? Prefiro acreditar na segunda. Mas como emitir opinião como se fosse verdade, se desconheço os fatos? E os grandes debates filosóficos entre professores universitários que moviam centenas de estudantes?

Como disse a grande medievalista e historiadora francesa Régine Pernoud: para estudar a Idade Média, devemos esquecer os livros (principalmente os didáticos) e abrir os documentos da época (juridicos, eclesiásticos, públicos, particulares, comerciais, etc.).

Enfim, tenho um bom tema para minha monografia.




domingo, 29 de abril de 2007

Psicologia


O que leva um adolescente a portar-se desta maneira? Analisando psicologicamente tal imagem, gostaria que comentassem sobre os motivos que levariam uma criatura a comportar-se desta forma. Observem que a cama está desarrumada. Estava dormindo? Ainda está? Choro? Vergonha? Brincando de esconde-esconde? Ou teria uma razão mais profunda para esta atitude?

Com a palavra meus amados visitantes.

ELOGIO DO APRENDIZADO - Bertolt Brecht




Aprenda o mais simples! Para aqueles

cuja hora chegou

Nunca é tarde demais!

Aprenda o ABC; não basta, mas

Aprenda! Não desanime!

Comece! É preciso saber tudo!

Você tem que assumir o comando!

Aprenda, homem no asilo!

Aprenda, homem na prisão!

Aprenda, mulher na cozinha!

Aprenda, ancião!

Você tem que assumir o comando!

Frequente a escola, você que não tem casa!

Adquira conhecimento, você que sente frio!

Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.

Você tem que assumir o comando.

Não se envergonhe de perguntar, camarada!

Não se deixe convencer

Veja com seus olhos!

O que não sabe por conta própria

Não sabe.

Verifique a conta

É você quem vai pagar.

Ponha o dedo sobre cada item

Pergunte: O que é isso?

Você tem que assumir o comando.

sábado, 28 de abril de 2007

Orações em latim:


1 -PAI NOSSO:

Pater noster, qui es in caelis Sanctificétur nomen tuum: Advéniat regnum tuum: Fiat
voluntas tua, sicut in caelo, et in terra. Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie: Et
dimítte nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris. Et ne nos
indúcas in tentatiónem: sed libera nos a malo. Amen.


2 - AVE MARIA:

Ave, María, grátia plena: Dóminus tecum: benedícta tu in muliéribus, et benedictus
fructus ventris tui Jesus. Sancta María, Mater Dei, ora pro nobis peccatóribus, nunc et in hora mortis
nostrae. Amen

3 - SALVE, RAINHA:

Salve, Regina, Mater misericordiae, vita, dulcédo et spes nostra, salve. Ad te clamamus,
éxsules fiIii Evae. Ad te suspirámus geméntes et flentes in hac lacrimárum valle. Eia
ergo, advocáta nostra, illos tuos misericórdes óculos ad nos convérte. Et Jesum
benedíctum fructun Ventris tui, nobis, post hoc exsílium, osténde. O clemens, o pia, o
dulcis Virgo María!

4 - CREDO:

Credo in Deum, Patrem omnipoténtem, Creatórem caeli et terrae. Et in Jesum
Christum, Filium eius únicum, Dóminùm nostrum: qui concéptus est de Spíritu Sancto,
natus ex María Virgine, passus sub Pontio Piláto, crucifíxus, mórtuus, et sepúltus:
descéndit ad ínferos; tértia die resurréxit a mórtuis; ascéndit ad caelos; sedet ad
déxteram Dei Patris omnipoténtis: : inde ventúrus est judicare vivos et mórtuos. Credo
in Spiritum Sanctum, sanctam Ecelésiam cathólicam, Sanctórum communionem,
remissiónem peccatórum carnis resurrectiónem, vitam aetérnam. Amen.

Dialeto e Regionalismo




Tenho observado nos últimos anos, o triste abandono de nosso sotaque mineiro, arrastado e caipira, por parte dos intelectuais ou não, de nossa região. Aqueles que deveriam preservar nossa cultura, tentam – e estão conseguindo - matar nosso dialeto regional. É absurdo o número de oradores (professores, agentes de pastorais, locutores de rádios, apresentadores de eventos, etc.) que usam o sotaque carioca e belo-horizontino em suas falas. Não deveriam envergonhar-se da pronúncia de sua região. Ao contrário, deveriam orgulhar-se de terem um diferencial marcante. Assim como nossos compatriotas de outras regiões fazem questão de mostrar sua origem: paulistas, pernambucanos, cearenses, gaúchos, fluminenses, etc. Só o sul-mineiro tem vergonha de expor sua progênie.

Conversando com uma sobrinha, indignei-me ao saber que uma professora a repreendeu por falar “porta” caipiramente, ou seja, arrastando o R como usamos naturalmente em nossa região, desde o nascimento. Talvez esta professora tenha nascido em outro estado e está querendo puxar a sardinha para o seu lado. Só que ela não pode humilhar seus alunos por terem uma pronúncia diferente da sua. Afinal seus alunos nasceram no sul de Minas e é assim sua expressão desde que aprenderam a falar.