quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Liturgia bizantina Hino acatista à Mãe de Deus (séc. VII)


Evangelho segundo S. Lucas 1,39-45.
Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio.
Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.» 

«O menino saltou de alegria no meu seio»
Com o Menino em seu seio, Maria dirigiu-se à pressa para casa de sua prima Isabel. Ao ouvir a saudação de Maria, logo o menino se regozijou, saltando de alegria como que para cantar à Mãe de Deus:
Alegra-te, tu que és botão da flor imortal
Alegra-te, tu que és pomar de onde brota o fruto de vida
Alegra-te, jardim do Senhor, amigo dos homens (Sb 1,6)
Alegra-te, gérmen do crescimento da vida
Alegra-te, tu que és campo onde se produz a abundância da redenção
Alegra-te, mesa santa da reconciliação para o pecado
Alegra-te, tu que nos cultivas um jardim de beleza
Alegra-te, tu que preparas, para a nossa alma, um refúgio de paz
Alegra-te, que és incenso de oferenda agradável a Deus (Gn 8,21)
Alegra-te, pois que em ti o universo inteiro encontra reconciliação
Alegra-te, tu que és graça de Deus para todos os homens
Alegra-te, advogada nossa junto do Senhor
Alegra-te, Esposa não desposada


Ficou o prudente José em extrema perturbação, com a alma sacudida por uma tempestade de pensamentos: ele, que era conhecedor da tua virgindade, agora duvidava de ti, ó mãe imaculada. Mas, quando soube que O que tivera sido gerado em ti provinha do Espírito Santo (Mt 1,20), exclamou: «Aleluia, aleluia, aleluia».


Quando os pastores ouviram os anjos cantar a incarnação de Cristo, correram para junto do seu Bom Pastor, a contemplar o Cordeiro recém-nascido no colo de Maria. Exultaram, cantando:
Alegra-te, mãe do Cordeiro e do Bom Pastor (Jo 1,29; 10,14)
Alegra-te, redil onde as ovelhas se reúnem (Jo 10,16)
Alegra-te, protecção contra os lobos que as arrebatam (v. 12)
Alegra-te, pois tu abres as portas do paraíso 
Alegra-te, pois os céus rejubilam com a terra (Lc 2,14) 
Alegra-te, pois os homens exultam com os anjos
Alegra.te, pois tu dás segurança à palavra dos apóstolos
Alegra-te, pois tu dás força ao testemunho dos mártires
Alegra-te, coluna firme que nos seguras a fé  
Alegra-te, pois tu conheces o esplendor da graça
Alegra-te, pois que por ti os infernos se esvaziaram
Alegra-te, pois, por ti, nos cobrimos de glória
Alegra-te, Esposa não desposada. [...]


Quando contemplamos este singular nascimento, sentimo-nos estranhos no mundo habitual e o espírito volta-se para as realidades do alto, porque foi descendo aqui, humilhando-Se, que o Altíssimo Se revelou aos homens, para elevar todos os que Lhe cantam: «Aleluia, aleluia, aleluia». 


Giovani Rodrigues

domingo, 30 de outubro de 2011

Lula e a Saúde.

Foto: Paulo H Cremoneze
Comentário do amigo Paulo Henrique Cremoneze* no Facebook:
Com muita delicadeza e cuidado escreverei este comentário.

Ninguém deve ficar realmente feliz com a enfermidade grave de um inimigo. Não suporto o Lula e acho bom para o Brasil e para o mundo que ela suma do mapa, mas não posso tripudiar sobre o câncer dele por dois motivos: 1) respeito e 2) prudência

1) RESPEITO aos amigos que passaram ou passam pela doença ou têm familiares vitimados ou sofrendo seus efeitos nocivos;

2) PRUDÊNCIA: pois amanhã, eu mesmo dela poderei ser vítima ou ter alguém próximo e amado.

Vejam os amigos que nem cheguei a invocar a fé em Deus, no meu caso o catolicismo, porque reconheço que talvez em se tratando de Hugo Chavez, Fidel Castro, Lula, Dilma, eu me deixasse seduzir pelo sentimento farisaíco e teologicamente incorreto de "castigo de Deus ou justiça Divina aos ímpios".

Bem, todos sabemos que por meios lícitos ou ilícitos o Lula tem condições financeiras, desde que fundou o PT, para arcar com o tratamento médico num hospital de ponta como o Sírio-Libanês.

Mas, como ex-Presidente e figura pública, alguém que entre outras imbecilidades disse que o Brasil, hoje, é melhor que a Europa e os EUA, alguém que arrota ter mudado o país para melhor em tudo, ele não deveria dar o exemplo e, confiando no gestor público, a tara de todo socialista, inimigo da iniciativa privada e das privatizações, e tratar-se na rede pública de saúde, no SUS?

Os socialistas e marxistas não são coerentes: berram contra o sistema capitalista mas adoram iphones, ipads, hospitais particulares, vinhos caros, bons restaurantes, enfim, são mal-nascidos ou despidos da meritocracia e, portanto, auto-condenados ao fracasso. Amargos e recalcados, invejam as "elites" e se encastelam nos meios públicos para conseguirem o que são incapazes de conseguir pelo berço, pelo nome ou pelo mérito, em síntese, trabalho honesto, mas no fundo, no fundo, tudo o que querem é estar no mesmo clube dos que invejam e satanizam, mesmo que seja pelas portas dos fundos, já que sempre lhes faltará algo: honra!

Lula, vá para o SUS e aí sim até rezarei por você!
 *Paulo Henrique Cremoneze é Mestre em Direito Internacional e Teólogo. Mora em Santos, SP.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Batismo do café - Imbecilidade no Enem 2011

Questão fútil, irrelevante e sem base nenhuma que verifiquei no caderno do Enem (clique no link para ver o caderno na íntegra) prestado por meu filho neste final de semana:

Questão nº 40

"O café tem origem na região onde hoje se encontra a Etiópia, mas seu cultivo e consumo se disseminaram a partir da Península Árabe. Aportou à Europa por Constantinopla e, finalmente, em 1615, ganhou a cidade de Veneza. Quando o café chegou à região europeia, alguns clérigos sugeriram que o produto deveria ser excomungado, por ser obra do diabo. O papa Clemente VIII (1592-1605), contudo, resolveu provar a bebida. Tendo gostado do sabor, decidiu que ela deveria ser batizada para que se tornasse uma "bebida verdadeiramente cristã". THORN, J. Guia do café. Lisboa: Livros e livros, 1998 (adaptado)

A postura dos clérigos e do papa Clemente VIII diante da introdução do café na Europa Ocidental pode ser explicada pela associação dessa bebida ao

A) ateísmo

(B) judaísmo
(C) hinduísmo
(D) islamismo
(E) protestantismo"

De onde tiraram esta coisa ridícula? Papa batizando uma planta... Como pode uma mentira deste tamanho ser questão de uma prova que dá entrada ao mundo acadêmico? A Educação no Brasil não é séria. Definitivamente.

Giovani Rodrigues

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Patriotismo!

Desabafo no Facebook do amigo Dr. Rafael Vitola Brodbeck, católico, Delegado de Polícia e um apaixonado pelo seu Rio Grande do Sul e pelo Brasil profundo. Suas palavras fazem despertar no coração um verdadeiro amor à Pátria. Um sentimento profundo e verdadeiro. Bem diferente da ojeriza, vulgarização, rejeição, deboche que nos impõe e a nossos filhos, os socialistas/comunistas (políticos, jornalistas, professores, etc) da atualidade.

Dr. Rafael Vitola Brodbeck.
Sonho com um Brasil patriota de verdade... A "redemocratização" de 85 conseguiu acabar com a pátria, acabar com o sadio ufanismo, acabar com o orgulho de pertencer a uma nação. Aliás, acabaram com a nação e a substituíram pelo Estado. Não servimos mais à pátria, servimos a uma burocracia estatal.
Copiamos dos EUA só o que o esquerdismo/liberalismo americano importa: ONGs, pró-gays, pró-aborto, putaria, verdes ecologicamente corretos, laicismo... Agora, as virtudes dos EUA nós não copiamos, como o patriotismo, o culto à história nacional, o apoio às forças armadas, o respeito aos policiais, o valor dos símbolos, a profundidade religiosa (a ponto de constar nas cédulas "In God We Trust" e se cantar "God bless America" nos eventos oficiais).
E isso que o Brasil não inventaria nada se "copiasse" isso dos EUA, porque ÉRAMOS patriotas. Lembro de estudar OSPB e Moral e Cívica no colégio. Lembro de paradas da juventude. Lembro de ser escoteiro orgulhoso do meu uniforme e ralar muito em acampamento (hoje, os escoteiros da maioria dos grupos da UEB são umas dondocas que não levam nem sua mochila, não ralam, não pagam apoio nem tem um fardamento, mas uma camiseta com jeans).
Lembro de ver livros dos meus pais contando a história dos VULTOS DA PÁTRIA. Lembro de ter selos em minha coleção filatélica com eventos históricos. Antigamente, se comemorava o 13 de Maio, o Dia do Fico, o Dia da Bandeira... Hoje é Dia "da Consciência Negra" e outras bobagens esquerdopatas.
Pobre nação a que não cultua sua história!
Ao menos o meu Rio Grande se escapa (UM POUCO), pois ainda temos orgulho de nosso 20 de Setembro e de nossos heróis, Bento Gonçalves, David Canabarro, General Neto, Gumercindo Saraiva, Gaspar Martins etc
O patriotismo brasileiro (das grandes paradas militares e estudantis, do estudo dos vultos, de saber de cor quem eram Osório, Tamandaré, Caxias, D. Pedro I e II, Princesa Isabel, D. João, Barroso) foi destruído. No seu lugar ficou o "patriotismo" alegrinho, descompromissado, sem conteúdo, fútil: o "patriotismo" de meramente se pintar de verde e amarelo na Copa, de chorar ao ouvir o hino (cuja letra, aliás, mal conhece), de desfraldar a bandeira só em jogo da Seleção ou no 7 de Setembro, de ser "crítico" (e isso significa desvalorizar nossos vultos, debochar da Família Imperial, como na diabólica "Quinto dos Infernos", e exaltar comunistas, assaltantes de banco, terroristas e desertores do Exército), o "patriotismo" do "samba, mulata e futebol", de achar que a grande contribuição cultural do Brasil é colocar mulher pelada na Sapucaí em fevereiro, em brincar de cidadão marchando contra a corrupção (mas sem mencionar Lula, Dilma, Zé Direceu, mensalão, dólar na cueca).
Poderíamos aprender com os americanos e com os argentinos, que desfilam até em honra das Malvinas, uma guerra que PERDERAM!!!!
No Uruguai, ao falar em Artigas, todos se emocionam. E aqui? Nos emocionamos com "Pelé, o Rei do Futebol", com "Lula, o Filho do Brasil", com "Ayrton Senna do Brasil"... Que triste! Claro que podemos ter admiração por ídolos do esporte, como na Argentina se venera o Maradona e como nos EUA se colecionam cards das estrelas do baseball, mas aqui pára nisso. Não vamos além. Podemos gostar do Pelé e do Senna (do Lula não, que é um oportunista que estaria em cana, se fosse nos EUA), poderíamos ter figurinhas, torcer, chorar, mas saber que, além desses, existiram pessoas que deram seu sangue à pátria, que lutaram e tomaram tiro e espadada pra defender a Terra de Santa Cruz. Duvido que um retardado de 15 anos hoje saiba quem foi Osório, quem foi Barroso, quem foi Tamandaré, quem foi Tiradentes, quem foi Bento Gonçalves, quem foi Caxias, quem foi a Princesa Isabel, quem foram os Andradas, quem foi Marcílio Dias, quem foi Joaquim Nabuco, o que fez de importante a FEB na II Guerra... Nada, somos uns boçais!
Para piorar, ainda criam o mito de que "o melhor do Brasil é o brasileiro" e que "o brasileiro não desiste nunca". Isso NÃO é patriotismo. Isso é ideologia. É repetir tanto uma idéia, mesmo contrária à realidade, para que essa seja moldada conforme aquela. Ora, o ladrão, o estuprador, o vagabundo que não trabalha, também são brasileiros, e nem por isso são o melhor. Temos que amar nossa história, nossas guerras, os atos heróicos, a firmeza de nossos antepassados, os colonizadores, os bandeirantes, os jesuítas, os índios, os negros, os brancos, os imigrantes, os que se uniram em Guararapes contra o inimigo holandês, os que defenderam o Rio contra os franceses, os que tombaram na Guerra do Paraguai, os conquistadores de Monte Castelo na II Guerra, o brio dos abolicionistas, os que defenderam nossa independência como Maria Quitéria, os corajosos como Princesa Isabel com sua Lei Áurea...
Não exaltamos nossa liberdade, exceto para distorcer seu conceito e associá-lo às idéias de esquerda.
Não exaltamos nossa história, exceto as páginas negras dos terroristas dos anos 60 e 70, hoje transformados em heróis com gordas indenizações pagas com nossos tributos.
Não honramos nosso hino nem nossa bandeira: apenas o cantamos e nos cobrimos com ela quando a Seleção joga.
Rimos dos soldados, achamos careta servir à pátria, tripudiamos de policiais civis e militares, achamos babaca acordar cedo no 7 de Setembro para assistir desfile. Nem mesmo a TV aberta passa o desfile mais...
PELA RESSURREIÇÃO DO BRASIL PROFUNDO E VERDADEIRO, ESSE QUE OS COMUNISTAS SEQUESTRARAM! PELO BRASIL QUE FOI TERRA DE SANTA CRUZ, E NÃO POR ESTE QUE EXPULSA CRISTO DOS TRIBUNAIS!
              

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Milagre de Nhá Chica é aprovado por unanimidade pela comissão médica do Vaticano


         Na manhã desta sexta-feira, 14 de outubro, recebemos uma correspondência de Dom Diamantino onde ele comunica:
            “Ontem recebi uma comunicação do postulador, Dr. Paulo Vilotta. A comissão médica da Congregação das Causas dos Santos analisou o "milagre" ocorrido por intercessão da Venerável Serva de Deus Nhá Chica em favor da senhora Ana Lúcia. Todos os 07 médicos deram voto favorável: a cura não tem explicação científica”.
          A grande graça atribuída a Nhá Chica refere-se a professora Ana Lúcia Meirelles Leite, moradora de Caxambu, Minas Gerais. Ana Lúcia foi curada de um problema congênito muito grave no coração, sem precisar passar por cirurgia, apenas pelas orações de Nhá Chica. O fato se deu em 1995.

          Desta forma, a Venerável Serva de Deus dá mais um paço em direção à beatificação. Em janeiro deste ano foram reconhecidas suas virtudes heroicas e ela foi proclamada “venerável”. Só resta agora, passar pela comissão de Cardeais e Bispos que devem confirmar a opinião dos médicos e depois, o Santo Padre Bento XVI, assinar o decreto de beatificação e marcar a data.

          Dom Diamantino conclui:
          “Dando graças a Deus, pedimos que se intensifiquem as orações, para que a Igreja eleve à honra dos altares uma autêntica brasileira: negra, filha de escrava e analfabeta. Mas mulher agraciada com dons e cheia de virtudes”.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos

São Miguel Arcanjo
Neste dia a Igreja universal celebra a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

"Miguel" que significa: "Quem como Deus?" é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja universal e aquele que acompanha as almas dos mortos até o céu.

















São Gabriel Arcanjo


 "Gabriel" - que significa "Deus é forte" ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado evangelho da infância como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria.

É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus. Anuncia, portanto, o surgimento de uma nova era, um tempo de esperança e de salvação para todos os homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco".








São Rafael Arcanjo

"Rafael"- que quer dizer "medicina dos deuses" ou "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É o anjo benfazejo que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; quem o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protector nas adversidades.














«Bendizei o Senhor todos os Seus anjos, [...] que executais a Sua vontade» (Sl 102,20-21)
 
Celebramos hoje a festa dos santos anjos. [...] Mas que podemos dizer destes espíritos angélicos? Eis o que nos diz a fé: acreditamos que eles gozam da presença e da visão de Deus, que possuem uma felicidade sem fim, os bens do Senhor que «nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais passaram pelo pensamento do homem» (1Cor 2,9). O que pode um simples mortal dizer sobre este assunto a outros mortais, ele que é incapaz de conceber tais coisas? [...] Se é impossível falar da glória dos santos anjos em Deus, podemos pelo menos falar da graça e do amor que eles manifestam relativamente a nós, pois gozam, não apenas de uma dignidade incomparável, mas também de um espírito de serviço cheio de bondade. [...] Não podendo compreender a sua glória, deixamo-nos prender tanto mais fortemente à misericórdia de que estão cheios estes familiares de Deus, cidadãos do céu e príncipes do paraíso

O próprio apóstolo Paulo, que contemplou com os seus olhos a corte celestial e que conheceu os seus segredos (2Cor 12,2), atesta que todos os anjos são «espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão-de herdar a salvação» (2Cor 12,2). Não tomeis tal afirmação por inconcebível, pois o Criador, o próprio Rei dos anjos, «não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por todos» (Mc 10,45). Que anjo desdenharia pois tal serviço, onde o precedeu Aquele que os anjos servem no céu com pressa e alegria? 
Por São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
1º Sermão para a festa de São Miguel


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

São Junuário (São Genaro)

No Brasil, quando se fala em São Januário, se pensa logo no conhecido estádio de futebol do Clube de Regatas Vasco da Gama. Seu nome oficial é Estádio Vasco da Gama, mas ficou conhecido como São Januário, por ter parte dele na rua São Januário. É o maior estádio de futebol privado do Rio de Janeiro.

São Januário nasceu em Nápoles, no ano 270 d.C. Nada se sabe ao certo sobre os primeiros anos de sua vida. Em 302 foi ordenado sacerdote, e por sua piedade e virtude foi escolhido, pouco depois, para Bispo de Benevento. Sua caridade, infatigável zelo e solicitude pastoral desterraram de sua diocese a indigência, tendo ele socorrido a todos os necessitados e aflitos.

Quando em 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou em todo o Império cruel perseguição contra o Cristianismo, obrigando os fiéis a oferecer sacrifícios às divindades pagãs, nosso santo teve muitas ocasiões de manifestar o valor de seu zelo, socorrendo os cristãos, não só nos limites de sua diocese, mas em todas as cidades circunvizinhas. Penetrava nos cárceres, estimulando seus irmãos na fé e perseverança final, alcançando também, naquela ocasião. grande número de conversões. O êxito de seu apostolado não tardou a despertar atenção de Dracônio, governador da Campânia, que o mandou prender.

Diante do tribunal, São Januário foi reprovado pelo pró-consul Timóteo, que lhe apresentou a seguinte alternativa:
— “Ou ofereces incenso aos deuses, ou renuncias à vida”.
— “Não posso imolar ao inimigo, pois tenho a honra de sacrificar todos os dias ao verdadeiro Deus” - respondeu com altaneria o santo, referindo-se à celebração eucarística.
Irado, o pró-consul ordenou que o santo Bispo fosse lançado imediatamente numa fornalha ardente. Mas Deus quis renovar em favor de seu fiel servo o milagre dos três jovens israelitas, atirados também nas chamas, de que fala o Antigo Testamento. São Januário saiu desta prova do fogo ileso, para grande surpresa dos pagãos.

O tirano, atribuindo o prodígio a artes mágicas, ordenou que São Januário e mais seis outros cristãos fossem conduzidos a Puzzoles, onde seriam lançados às feras na arena.
No dia marcado para o suplicio, o povo lotou o anfiteatro da cidade. No centro da arena. São Januário encorajava os companheiros: “Ânimo, irmãos, este é o dia do nosso triunfo, combatamos com valor nosso sangue por Aquele Senhor, a quem devemos a vida”.

Mal terminara de falar foram libertados leões, tigres e leopardos famintos, que correram em direção às vítimas. Mas, em lugar de despedaçá-las, prostraram-se diante do Bispo de Benevento e começaram a lamber-lhes os pés. Ouviu-se então um grande murmúrio no anfiteatro, que reconhecia não existir outro verdadeiro Deus senão o dos cristãos. Muitos pediram clemência. Mas o pró-consul, cego de ódio, mandou decapitar aqueles cristãos, sendo executada a ordem na praça Vulcânia, no dia 19 de setembro de 305.
Os corpos dos mártires foram conduzidos pelos fiéis às suas respectivas cidades. Segundo relataram as crônicas, uma piedosa mulher recolheu em duas ampolas o sangue que escorria do corpo de São Januário, quando este era transportado para Benavento.

Os restos mortais do Bispo mártir foram transladados para sua cidade natal — Nápoles — em 432. No ano 820 voltaram para Benavento. Em 1497 retornaram definitivamente para Nápoles, onde repousam até hoje, em majestosa Catedral gótica. Aí se realiza o perpétuo sangue, que se dá duas vezes por ano, no sábado que antecede o primeiro domingo de maio aniversário da primeira transladação, e a 19 de setembro, festa do martírio do santo e no dia 16 de dezembro (dia em que Nápoles foi protegido da erupção do Vesúvio). As datas da liquefação do sangue de São Januário são celebradas com grande pompa e esplendor.

As relíquias são expostas ao público, e se a liquefação não se verifica imediatamente. iniciam-se preces coletivas. Se o milagre tarda, os fiéis compenetram-se de que a demora se deve a seus pecados. Rezam então orações penitenciais, como o salmo “Miserere”, composto pelo Santo Rei Davi.
Quando o milagre ocorre, o Clero entoa solene Te Deum, a multidão prorrompe em vivas. os sinos repicam e toda a cidade se rejubila.

Entretanto, sempre que nas datas costumeiras o sangue não se liquefaz, Isso significa o aviso de tristes acontecimentos vindouros, segundo uma antiga tradição nunca desmentida.
O sangue de São Januário está recolhido em duas ampolas de vidro, hermeticamente fechadas, protegido por duas lâminas de cristal transparente. A ampola maior possui 60 cm cúbicos de volume; a menor tem capacidade de 25 cm cúbicos. Em geral, o sangue endurecido ocupa até a metade da ampola maior; na menor, encontra-se disperso em fragmentos.

A liquefação do sangue produz-se espontaneamente, sob as mais variadas circunstâncias, independentemente da temperatura ou do movimento, o sangue passa do estado pastoso ao fluido e, até, fluidíssimo. A liquefação ocorre da periferia para o centro e vice-versa. Algumas vezes, o sangue liquefaz-se instantânea e inteiramente, ou, por vezes, permanece um denso coágulo em meio ao resto liquefeito. Alterar-se o colorido: desde o vermelho mais escuro até o rubro mais vivo. Não poucas vezes surgem bolhas e sangue fresco e espumante sobe rapidamente até o topo da ampola maior.

Trata-se verdadeiramente de sangue humano, comprovado por análises espectroscópicas.
Há algumas peculiaridades, que constituem outros milagres dentro do milagre liquefação, há uma variação do volume: algumas vezes diminui e outras vezes aumenta até o dobro. Varia também quanto à massa e quanto ao peso.

Em janeiro de 1991, o prof. G. Sperindeo utilizando-se, com o máximo cuidado, de aparelhos de alta precisão, encontrou uma variação de cerca de 25 gramas. O peso aumentava enquanto o volume diminuía. Esse acréscimo de peso contraria frontalmente o princípio da conservação da massa (uma das leis fundamentais da Física) e é absolutamente inexplicável, pois as ampolas encontram-se hermeticamente fechadas, sem possibilidade de receber acréscimo de substâncias do exterior.

A notícia escrita mais antiga e segura do milagre consta de uma crônica do século XIV. Desde 1659, estão rigorosamente anotadas todas as liquefações, que já perfazem mais de dez mil!

A relíquia de São Januário tem protegido Nápoles eficazmente contra a peste e as erupções do Vesúvio, distante da cidade apenas duas léguas e meia. Por ocasião de uma erupção em 1707, que ameaçava destruir Nápoles, o povo levou as ampolas em solene procissão até o sopé do vulcão; imediatamente a erupção cessou!

Em 1944, o Vesúvio expeliu lavas, cinzas, pedras e uma poeira arenosa, que alcançou grande altura. Foi sua última erupção. O vento levou essa poeira através do Mediterrâneo, a qual chegou a atingir a Grécia, a Turquia, a Espanha e o Marrocos. Nápoles permaneceu imune.

Supliquemos na data de hoje a este grande Santo Protetor, que salve não apenas Nápoles, mas a Itália e o mundo inteiro de um incêndio mil vezes pior do que o produzido por erupções vulcânicas: o comunismo, a seita atéia, antinatural e igualitária, que visa varrer da face da terra o nome cristão.

           Blog Canto da Paz
           Evangelho Cotidiano





quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Natal do Stanford



"O que vocês verão neste vídeo é um Natal politicamente correto, inclusivo, sem a comemoração do nascimento de ninguém; um simples feriado sem razão de ser. Claro que tudo é temperado pelo inimitável humor de Stanford Nutting, que agora nos apresenta sua família, com realce para seu sobrinho Tommy, que acaba de ser crismado é uma figura!"