2012-11-10 Rádio Vaticana
Bento XVI instituiu neste dia 10 de Novembro com Carta Apostólica “Motu Próprio” a Pontifícia Academia de Latinidade, dependente do Conselho Pontifício para a Cultura.
Na base da instituição desta Academia está o facto de a língua latina, antes tida em alta consideração na Igreja católica, estar hoje a correr o risco de sair das esferas de atenção, mesmo no âmbito dos estudos filosóficos e teológicos dos futuros padres. Isto devido à diminuição do interesse, na cultura contemporânea, pelos estudos humanísticos. Mas, sublinha o Papa, neste mundo que dá grande valor à ciência e à tecnologia, nota-se, ao mesmo tempo, um renovado interesse pela cultura e pela língua latinas. E isto não só em países que afundam as próprias raízes culturais na herança greco-romana, como também noutras nações de tradições diferentes. Tal interesse envolve seja académicos e instituições, seja jovens e estudiosos de várias partes do mundo. Daí a urgência – escreve o Papa – de apoiar o empenho no sentido dum maior conhecimento e dum uso mais competente da língua latina, tanto no meio eclesial, como no mais vasto mundo da cultura.
Para dar relevo a este esforço, é oportuno adoptar métodos didácticos apropriados às novas condições e à promoção de uma rede de relações entre Instituições Académicas e entre estudiosos, a fim de valorizar o rico e multiforme património da civilização latina. Foi, portanto, para ajudar na concretização destes objectivos que Bento XVI na linha dos seus predecessores instituiu esta Pontifícia Academia de Latinidade, com um próprio Estatuto experimental por um período de cinco anos.
Com a criação desta nova Academia, a Fundação Latinitas, constituída pelo Papa Paulo VI, a 30 de Setembro de 1976, é extinta – escreve Bento XVI no referido Motu Próprio. A nova Academia será regida por um Presidente e um Secretario nomeados pelo Papa e ainda por um Conselho Académico.
Fonte: NEWS.VA
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